Filé de peixe com salada de tomate

Creio que as mãos dos pedreiros da construção do prédio da frente estão em melhor estado que as minhas estando todos de luvas no trabalho.
Eu levantei já preocupado com o horário para a aula de direção, não lembrava se o horário combinado era o que esta colado no post it na tela do computador ou se realmente haviam me passado ontem um horário mais cedo.
O Giovanne levantou realmente bem cedo, junto com minha amada por volta das 5:30 e ficou assistindo televisão, mas bem da verdade acho que deve ter cochilado depois, pois acordei com ele pulando pela casa depois das 8.
Chegando na autoescola foi viagem perdida, não abriram sessão do sistema de digital, aliás, esse sistema de digital está dando muita dor de cabeça para todos.
Hoje é dia de feira perto de onde moravamos, uns 3Km de onde moramos agora, e lá tem uma barraca de pastel ótima de uma japonesa, fica sempre sequinho e crocante, eu já peguei o segredo, ele vem envolto em farinha o que deixa com essa textura ótima quando pronto, peguei um tofu que estou pensando em fazer tipo um patê com alho vindo da casa das tias (A Casa das Três Pessoas) e claro, o peixei – pescadinha branca.
Quando cheguei em casa o anúncio do esquecimento estava miando atrás da porta, a ração do gato.
Já entrei dando de cara com a sala imunda, cheia de migalhas de bisnaguinha para todo lado, pois é, subiu na mesa, roubou o pacote e se esbaldou na sala, claro que tive que sair novamente para trazer a ração para o rei Yule o ébano.
Ao retornar baixou a Zéfa, – aliás, existe um arquétipo masculino para Zéfa? – limpei a sala e os banheiros, isso mesmo, os dois banheiros, descarreguei minha ira e agora chegamos ao motivo dos pedreiros de luva estarem teoricamente com as mãos melhores que as minhas, joguei água de lavadeira com cloro para todos os lados ao ponto de lacrimejar.
Mas dá o maior prazer ver tudo perfeitamente limpo, impressionante.
Nisso a hora passou, e já tinha que começar o almoço.
Eu tinha uma certeza – peixe!
Lembrei durante a feira que tinha um peixe bem simples e rápido que eu ví no programa da Keily Kwong, mas esqueci de alguns ingredientes, porém, como a cozinha é um laboratório alquímico “bora” alquimizar.
Para minha sorte havia um pote de cerejas em calda, peguei metade lavei para tirar o excesso de doce, pois na verdade era para usar cerejas secas hidratadas em chá bem forte de jasmim.
Misturei na tijela a salada, tomates sem pele e semente picados em 4 partes, as cerejas, cebola picadinha, usei a roxa que é mais suave ao paladar, alho que sumiu pois não adianta, cebola e alho não se misturam um vai apagar o outro, gengibre picadinho, bastante azeite e a alquimia do dia pois não tinha o vinagre balsâmico, então, alquimizei um pouco de vinagre branco com molho inglês e Shoyo, claro que não é a mesma coisa, porém se misturados na dose certa do olhometro chego em um sabor impar e interessante, e para fechar uma leve correção de sal.
O peixei é frito com pele e uma pitada de sal, eu ia usar manteiga, o que deixaria com um sabor encorpado e saboroso, porém, a salada que é colocada em cima do peixe não equilibraria, então usei azeite mesmo para combinar.
O sabor a principio foi estranho, pois tive a impressão de – o que eu fiz com esse peixei!!!
Porém, a mistura estava tão provocativa ao paladar que não sentia vontade de parar de beliscar.
Para acompanhar um arroz branco que enchia a boca e abria as papilas gustativas para mais uma beliscada.

http://www.dicsin.com.br/content/dicsin_lista.php (foi útil neste texto)

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